90% da captação de água do município é realizada no Rio Corumbataí.

Manancial tem mantido níveis ‘normais’ de vazão na seca, diz o Semae.

2014-02-Rio-Piracicaba-e-Engenho-_DSC9717O prefeito de Piracicaba (SP), Gabriel Ferrato (PSDB), afirmou que a cidade deverá sair “ilesa” do período de estiagem que atinge todo estado de São Paulo. Ainda segundo ele, o município não precisará recorrer a racionamento ou rodízio no fornecimento de água, apesar das baixas vazões registradas no Rio Piracicaba. Isso porque, em média, 90% da captação do Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae) é feita no Rio Corumbataí, que tem mantido níveis normais.

Outras cidades da região têm adotado medidas drásticas em função da falta de chuvas. Em Saltinho (SP), por exemplo, o abastecimento ocorre apenas três horas por dia, das 16h às 19h. Nova Odessa (SP) tem fechado os reservatórios no período noturno, das 21h às 10h.

“A estiagem não terá efeitos graves para o Rio Corumbataí”, afirmou Ferrato. Segundo ele, os níveis do curso d’água estão estáveis. “Se não acontecer nada muito grave ou um grande imprevisto, passaremos com certa tranquilidade por esse período”, disse. A temporada de chuvas deve recomeçar em setembro ou outubro, conforme indicam institutos de meteorologia.

A situação confortável, conforme o prefeito, se deve ao fato de que a captação no Rio Corumbataí é muito menor do que no Piracicaba. “Praticamente só a gente e Rio Claro usa água do Corumbataí, mas o Piracicaba tem um volume de captação muito maior e por isso está assim.”

Normalidade e colaboração – De acordo com o presidente do Semae, Vlamir Schiavuzzo, o Rio Corumbataí tem registrado vazão, em média, de 4,74 metros cúbicos por segundo. “É praticamente a mesma de anos anteriores, quando a falta de chuvas não foi tão grave. Apesar disso, os consumidores têm economizado água e o gasto tem sido até 4% menor”, disse.

Segundo Schiavuzzo, Piracicaba capta 1,7 metro cúbico por segundo do manancial. “De fato, dificilmente, vamos precisar fazer algum tipo de racionamento. As estatísticas demonstram isso. Mesmo assim, fazemos campanhas de orientação para que a população continue fazendo o uso racional da água”, afirmou.

FONTE: G1 PIRACICABA