poupanca

Aplicação preferida da maioria dos investidores, a poupança continua sendo atrativa e uma das mais rentáveis para quem quer guardar dinheiro. Apesar dos índices de remuneração não serem de se encher os olhos, a facilidade de aplicação, sua liquidez e a isenção de tarifas e impostos fazem dela a melhor opção para a maior parte da população.

A prova da popularidade desse tão tradicional investimento é seu índice de avanço na região.

Segundo a Caixa Econômica Federal, a modalidade cresceu 14% no primeiro semestre deste ano com relação ao mesmo período do ano passado, somando cerca de R$ 3,4 bilhões em saldo.

Só na cidade, segundo dados do Banco Central, ao final de junho, aproximadamente R$ 2,04 bilhões estavam aplicados nessa modalidade.

“A poupança com certeza é a opção número um dos investidores. Ela é democrática e o índice de rendimento é o mesmo tanto para quem investe 1.000 reais quanto para quem 1 milhão, não há distinção. Além disso, ela permite movimentação a qualquer momento, não há valor mínimo para depósito e, principalmente, é muita segura”, disse o superintendente regional da Caixa, Carlos Henrique Almeida Custódio.

Ele lembrou que, por não ter incidência de Imposto de Renda ou outra tributação, toda a remuneração é livre para o poupador, diferente do que acontece em alguns outros investimentos. “É uma opção voltada a quem tem perfil mais conservador, quer ter segurança quanto ao rendimento.”

Comparada a outros investimentos, ressaltou Custódio, a poupança é a melhor escolha para saldos abaixo de R$ 30 mil. Isso porque, outras modalidades que permitem uma baixa aplicação sofrem incidência de taxas de administração e ainda trazem riscos maiores para o investidor, que na retirada dos recursos pode obter um rendimento não tão satisfatório quanto o esperado. Já para quem pretende dispor de poucos recursos mensalmente, como em uma poupança programada, uma alternativa pode ser a previdência complementar, que permite depósitos a partir de R$ 35 por mês.

“É uma modalidade para médio e longo prazos, que permite um planejamento para o futuro, como o pagamento da faculdade de um filho ou a própria aposentadoria”, disse Custódio.

Ele explicou ainda que a diferença da antiga para a nova regra da poupança — era 0,5% mais a TR (Taxa Referencial) e hoje é variável conforme a Selic + TR — não traz mudanças representativas para quem possui baixo ou médio volume de recursos aplicados.

Para o economista e o coordenador do banco de dados socioeconômicos da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba), Francisco Constantino Crocomo, a poupança é um bom investimento pela segurança, mas o segredo é diversificar os investimentos.

“A poupança é uma boa forma para se corrigir o dinheiro, mas não oferece grandes ganhos para o aplicador”, afirmou.

Ele acredita que a baixa disseminação de informações quanto a opções de investimentos ao grande público ainda faz da poupança a preferência da maioria, mesmo os que dispõem de mais recursos para outras aplicações.

A dona de casa Anelis Trevisan sempre gostou da poupança pela segurança trazida. Ela contou que, durante toda a vida, fez a opção por poupar antes e comprar depois.

“A poupança é mais segura e sempre que sobrava uma economia a gente aplicava na poupança, assim fui conseguindo comprar o que precisava, com economia de pouquinho. É assim até hoje, não penso em mudar.”

INVESTIMENTOS — A escolha da melhor aplicação — a que irá render mais a seu investidor — tem a ver com o perfil de quem dispõe dos recursos. Para quem tem acima de R$ 30 mil, as letras de crédito imobiliário podem ser uma boa opção, já que oferecem isenção do imposto de renda para pessoa física e em geral trazem rendimentos superiores à poupança. Porém, são seis meses de aplicação mínima dos recursos, com carência de 60 dias e, no caso da Caixa, tem a garantia dos créditos habitacionais da instituição financeira, informou Custódio.

Nos casos dos fundos de investimento, eles só superam a poupança caso a taxa de administração, via de regra, seja menor do que 1% ao mês. Mas, como todos os fundos, há mais riscos em comparação aos outros investimentos. Acima de R$ 100 mil, começam a ser mais vantajosos os títulos como o CDB (Certificado de Depósito Bancário).

FONTE: Jornal de Piracicaba