Cento e cinco empresas estão na lista de espera por um lote nos distritos Uninorte e Unisul (foto). São 75 no Uninorte e outras 30 para o Unisul, que ainda está em construção.
Somente a lista do Uninorte seria suficiente para a instalação de um outro distrito, já que o local conta hoje com 76 empresas.
No caso do Uninorte, segundo a Semdec (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico), uma carta está sendo enviada aos interessados para que reforcem a intenção de se instalar no distrito, o que seria uma espécie de atualização da lista de espera.
De acordo com o secretário Tarcisio Angelo Mascarim, caso as empresas não manifestem interesse, serão automaticamente cortadas da listagem.
“Pode ser que alguém até desista e dê oportunidade para outras. Ainda mais com a economia como está hoje, tenho dúvidas se vão investir.”
Os números foram enviados à Câmara de Vereadores como resposta ao requerimento do vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT), que solicitava informações sobre quantas empresas encontram-se em situação de pré-escritura em distritos do município.
Atualmente, conforme o requerimento, a prefeitura aguarda recebimento do visto de conclusão de obras de algumas empresas que se instalaram no Uninorte para a emissão da escritura definitiva dos lotes, doados pelo município.
Há seis empresas em processo de pré-escritura. Outras 31 já receberam a escritura, 16 estão em fase de construção de seus espaços e as demais estão em etapa de análise da conclusão das obras pela Semdec.
O Uninorte é o único distrito do município em que houve doação de áreas com escritura e que já estão ocupadas. Foram destinados, conforme Mascarim, lotes, também, do Nupeme (Núcleo de Pequenas e Médias Empresas) no Unileste, com a área já toda ocupada e onde não há escrituras.
Em 2001, chegaram os primeiros associados da Adinorte (Associação das empresas do distrito industrial Uninorte), segundo o administrador do distrito, Carlos Ferraz. “De 2000 para frente, as empresas começaram a entregar suas documentações para análise dos projetos previstos para as áreas. Aí se firmou um ‘instrumento particular de promessa de doação’.
A partir de recebido o lote, o prazo para construção é de cinco anos. Terminadas as obras, ela encaminha o visto de conclusão dos serviços e avaliamos se cumpriu ou não o projeto para então receber a escritura.”
Quem não cumprir o projeto deverá devolver o terreno, que poderá então ser passado a outra empresa interessada.
“O último lote que destinamos foi no mês passado. As demais empresas se quiserem poderão ir para o Unisul”, disse.
UNISUL — No Unisul, os lotes serão comercializados. O distrito está entre as rodovias SP-308 (do Açúcar) e SP-127 (Cornélio Pires) e deve ficar pronto em 2016.
Em agosto, a prefeitura solicitou financiamento de aproximadamente R$ 10 milhões à Desenvolve SP para realização das obras de infraestrutura.
Segundo o secretário, quando o projeto for finalizado, haverá chamada para comercialização dos terrenos.
INTERESSE — Segundo a Semdec, algumas empresas que receberam a carta para permanecer na lista de espera do Uninorte já manifestaram interesse. Dentre elas, uma que atua no ramo de filtros de águas e estações de tratamento de água e esgoto e onde trabalha a gerente administrativa Luciane Prado Rocha.
Segundo ela, a empresa aguarda um lote no Uninorte há cerca de um ano. A empresa hoje está instalada no bairro Pau D’alinho e tem um barracão de 2.000 metros. “Tentamos o lote de uma empresa que nos ofereceu o espaço, mas outra disputou conosco e saiu vitoriosa. Até conseguimos comprar um terreno, mas estamos receosos de construir em uma área que, pela legislação, é mista e não industrial, e termos problemas no futuro. Queremos um espaço maior”, disse.
