small_2015-05-15-0003-01Usuários do transporte público de Piracicaba criticam o aumento na tarifa previsto para ocorrer no próximo mês, conforme o JP mostrou nesta quinta-feira(14/05).

A reportagem foi até o TCI (Terminal Central de Integração) e ouviu reclamações de quem depende do serviço diariamente.

Para os usuários, antes do reajuste da passagem, é preciso solucionar problemas como atrasos e superlotação, além de retirar de circulação os ônibus mais antigos.

Atualmente, o passe individual custa R$ 2,95.

Quem usa o cartão Vai paga R$ 2,75 e os estudantes, R$ 1,47.

O índice de reajuste ainda está sendo discutido entre a prefeitura e a empresa Via Ágil.

Para a telefonista Cristiane Marafon, de 25 anos, que utiliza o transporte coletivo para ir trabalhar, a medida vai afetar a população.

“Não concordo com o aumento porque existem problemas demais. Moro no Algodoal e venho ao Centro diariamente, estou grávida e sofro constantemente com os ônibus sempre cheios, sujos e fora do horário. O preço de tudo já subiu e o povo não merece pagar ainda mais por um serviço que não está sendo oferecido com a qualidade que deveria”, afirmou.

O porteiro Rubens Feliciano, de 24 anos, afirmou que o reajuste faria sentido só depois que as reclamações fossem solucionadas.

“Antes de aumentar a passagem eles precisariam acabar com os atrasos dos ônibus e garantir mais segurança aos passageiros. Uso a linha do Beira Rio e nem me lembro quando foi a ultima vez que viajei sentado, sempre pego o ônibus cheio. Eles podiam instruir os motoristas a serem mais educados porque é muito desagradável ser jogado de um lado para o outro a cada freada”, disse.

A bancária Gabriela Sbrissa, de 19 anos, reclamou do estado de conservação dos ônibus em circulação na linha do Jardim Oriente, bairro onde reside.

“Os ônibus novos só rodam no Centro e nos bairros ricos. Para o povão, que mora longe, deixam só os mais antigos. Além disso, é raro o dia que cumprem os horários da tabela. Quando não passam atrasados, chegam antes da hora, aí sou obrigada a ficar esperando pelo próximo, que, às vezes, leva até meia hora para chegar”, relatou.

A comerciária Agatha Moretti, de 32 anos, disse se sentir prejudicada pelo preço ‘quebrado’ da passagem (R$ 2,95).

“Não concordo com o fato deles (motoristas) nunca darem o troco de cinco centavos quando a passagem é paga em dinheiro e nem duvido que o novo valor venha ‘quebrado’ para que possam continuar lucrando em cima do povão. Gasto quase R$ 200 por mês com ônibus e não concordo em dar mais dinheiro para a empresa”, disse.

Conforme publicado nesta quinta pelo JP, a conversa entre a prefeitura e a Via Ágil já foi iniciada, assim como a discussão da campanha salarial dos motoristas de ônibus.

Segundo a administração municipal, ainda não é possível estimar qual será o novo valor da tarifa de ônibus.

 

Jornal de Piracicaba