Como previsto 2016 não será um ano nada fácil para a população brasileira. Fechamos 2015 com uma inflação de dois dígitos, com um desemprego crescente, com números e índices econômicos que afetam diretamente o bolso dos trabalhadores e, pior, sem nenhuma perspectiva de melhora para o ano que se inicia. Ao contrário, as possibilidades de piora da crise que se instaurou no país é muito grande, acompanhada agora de reflexos internacionais muito fortes que abalam nossa frágil situação econômica e política.

Tantas questões a serem resolvidas e a espera pela volta do recesso parlamentar colocam o país em um clima de tensão e dúvidas permanente, o que nos trás um compasso de espera muito ruim, na medida em que a cada dia novas denúncias surgem  prometendo um cenário político complicado de se prever e uma paralisação econômica agonizante principalmente para os que já  sofrem com o desemprego e os que convivem diariamente com o fantasma dele.

Nessas primeiras semanas do ano a única certeza que podemos ter é uma ausência total de perspectivas positivas de curto prazo e  de projetos efetivos que possam reverter rapidamente o quadro de crise e de desgoverno em que o país foi mergulhado em 2015.

Além de nossas ações na defesa dos direitos dos trabalhadores, só podemos esperar que 2016 seja um ano decisivo, nada além disso. Para sermos otimistas, devemos agir e exigir que as coisas comecem a se definir no campo político e econômico para que, ao menos, possamos enxergar caminhos e alternativas que iluminem um pouco mais os caminhos a serem trilhados para sairmos do atoleiro e para que possamos caminhar por pisos mais firmes.

 

Claudio Magrão
Presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo