Houve, ainda, a retirada de muito entulho das margens do rio: precisamos parar de jogar lixo

O risco de febre maculosa, transmitida por meio do carrapato-estrela, mudou as ações do 22º Arrastão Ecológico pelo rio Piracicaba, que trouxe o tema ‘Recolher o Lixo da Falta de Consciência Ambiental’. A iniciativa ocorreu na manhã deste sábado (16), e, este ano, ao invés de recolher o lixo deixado na margem do manancial, os voluntários realizam passeata informativa pela Rua do Porto – partiram da rampa do Largo dos Pescadores em direção ao Casarão do Turismo.
“Tivemos um alerta do Centro de Controle de Zoonoses para que evitássemos a margem do rio e também áreas com mato e gramado. Por isto, nossa caminhada terá foco educativo, voltado para a prevenção e também o cuidado com o rio Piracicaba”, conta a funcionária da Secretaria Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Sedema) e membro da comissão organizadora, Elizabeth da Silveira Nunes Salles.
Integrante do grupo de escoteiro São Mário, o estudante Lucas Maximo, de 10 anos de idade, estava animado por participar da atividade. “O rio é muito importante para a cidade e este ano é o segundo arrastão que participo. Acho muito legal e me sinto orgulhoso por fazer parte da atividade”, diz.
Novata, a escoteira Mariana Marques, de 10 anos de idade, participou da atividade pela primeira vez. “Quero ajudar a preservar o rio, que é o coração de Piracicaba. Vou fazer minha parte, explicando para a população que não pode jogar lixo no rio ou nas ruas”, conta.
Cerca de 400 voluntários participaram da ação, que também contou com o trabalho de sete barcos. Estes recolheram resíduos deixados no manancial – partiram da rampa do Largo dos Pescadores com destino ao Rancho do Roncato, entre Piracicaba e Águas de São Pedro.
“No ano passado, recolhemos uma tonelada de lixo. Este ano, não dá para ter ideia da quantidade já que a limpeza será feita apenas pelos barcos. Em terra, vamos recolher sujeiras das ruas, mas não podemos transitar pelas margens do rio”, explica a organizadora Elizabeth Salles, que acrescenta: “Esta deve ser uma tendência nos próximos anos. Devemos realizar diferentes ações educativas, ao invés de recolher resíduos. Afinal, informar e educar é fundamental para a preservação do rio”.
O arrastão faz parte das comemorações do Dia do Rio Piracicaba, lembrado na última sexta-feira (15). Realizado anualmente, o objetivo é estimular a consciência ambiental sobre a conservação das margens e do manancial.
“O evento é importante e, neste ano ganha ainda mais notoriedade nas questões sociais, já que enfrentemos uma batalha contra o mosquito Aedes aegypti”, afirma a secretária municipal de Turismo, Rose Massarutto.
“Ações são necessárias para que haja conscientização e a paisagem seja mantida. Temos realizado diferentes projetos que visam a melhorar a infraestrutura da Rua do Porto, para que turistas e moradores da cidade usufruam do espaço. Mas é preciso usar bem. Por isto, devemos perpetuar iniciativas como o arrastão”, acrescenta.
A atividade teve início pela manhã. Contou com apresentação de fanfarra, teatro, além do evento cívico, com hasteamento de bandeira e apresentação do Hino Nacional. A iniciativa foi realizada pelas Secretarias de Turismo (Setur) e de Defesa do Meio Ambiente (Sedema) em parceria com a Oscip ‘Pira 2’1 e a Comissão de Eventos Cívicos.
“Pequenas atitudes são fundamentais para o bem-estar e manutenção do rio Piracicaba. A população precisa ter consciência de que não se pode jogar nem ao menos um papel de bala no chão. Tudo que é descartado pelas ruas de forma incorreta acaba desembocando no manancial. A colaboração de todos é fundamental para que possamos preservar o Piracicaba e a história da cidade”, afirma o prefeito Gabriel Ferrato (PSB).
FONTE:Gazeta de Piracicaba