28 de abril, foi o dia em que o Brasil parou contra as reformas da Previdência Social, Trabalhista e Terceirização. O Conespi (Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba) e as Centrais Sindicais, realizaram vários protestos na cidade. A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Piracicaba e região esteve presente na luta em defesa dos direitos dos trabalhadores.

Durante a manhã, os representantes das entidades sindicais, movimento estudantil e profissionais da educação, fizeram uma passeata em torno do Terminal Central de Integração. Durante um período, os ônibus ficaram parado mas, depois voltaram a funcionar.

Logo após, a passeata seguiu pela rua Governador Pedro de Toledo, XV de novembro, parando em frente a agência do INSS. Algumas lojas do comércio resistiram a paralisação e tentaram impedir os funcionários de participar, mas após a pressão dos manifestantes, eles foram liberados.

Durante todo o percurso, os representantes manifestaram a sua indignação contra as reformas pretendidas pelo governo. Para Wagner da Silveira, Juca, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Piracicaba e região, “Esta reforma vem para acabar com o direito do trabalhador. Estamos aqui para defender o povo brasileiro. Nas próximas semanas, a diretoria do Sindicato continuará intensificando os protestos nas portas das fábricas”, comentou.

A Câmara dos Deputados, já aprovou o projeto de lei, que trata da reforma trabalhista. As alterações mexem em pontos como férias, jornada de trabalho, remuneração, dentre outros. O governo quer impor uma idade mínima de 65 anos para aposentadoria, proibir o acúmulo de pensões, dentre outros itens.

De acordo com o presidente em exercício do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Piracicaba, José Florêncio da Silva, Bahia, “Piracicaba está dando exemplo de união e mobilização. É preciso ir às ruas contras estas reformas”, destacou.

A Associação dos Metalúrgicos Aposentados Pensionistas e Idosos de Piracicaba, também participou dos protestos. De acordo com Juraci Góes, Magal, presidente da Associação, “é preciso conscientizar todos os trabalhadores, parentes, vizinhos, amigos, pois esta reforma irá afetar toda a população brasileira”, comentou.

Para o presidente do Conespi, Francisco Pinto Filho, Chico, “é um dia de luta contra a proposta do governo. Vamos enfrentar o Congresso Nacional e reverter esta situação”, destacou.

O manifesto contou com a participação do presidente da Câmara dos Vereadores, Matheus Erler, que em seu discurso ressaltou o apoio aos trabalhadores.

A Polícia Militar e Civil, Guarda Municipal e Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (Semuttran) acompanham todo o protesto. A manifestação foi pacífica.

Segundo João Carlos Ribeiro, Jipe, diretor do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Piracicaba e região, “temos que lutar contra qualquer medida que propõe a retirada de direitos”,

28 de abril, é também o dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho.