A Reforma Trabalhista altera mais de 100 artigos da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), e uma delas é o fim da obrigatoriedade da contribuição sindical.

No Brasil, a contribuição sindical é obrigatória para todos os trabalhadores e descontada diretamente no salário uma vez por ano. Se a mudança for aprovada, a contribuição passará a ser opcional, e será cobrada apenas dos trabalhadores que autorizarem o desconto.

A contribuição sindical foi instituída em 1937. Ela é umas das principais fontes de recursos, para que os sindicatos mantenham suas atividades e diversifiquem a atuação, lutando pelos direitos dos trabalhadores. É com o auxílio das contribuições que os sindicatos oferecem aos trabalhadores os mais diversificados serviços, como auxílio jurídico, previdenciário, atendimentos médicos, odontológicos, atividades recreativas, dentre outros.

O imposto sindical possibilita também o surgimento de novos sindicatos, o que contribui com o aumento da representatividade das diferentes categorias profissionais.

O governo impulsionado pela crise que se instala no país, joga nas costas dos trabalhadores as consequências da má administração. Eles querem destruir as estruturas sindicais e deixar os trabalhadores a mercê dos patrões.

Sem os sindicatos, como os funcionários terão força para lutar por aumento salarial, por uma Plr, por um vale-compra, dentre outros.

O corte do imposto sindical tem como objetivo enfraquecer somente os sindicatos. As entidades patronais não serão atingidas pelas reformas.

Estamos vivendo um dos momentos mais difíceis da história do movimento sindical, por isto, mais do que nunca neste momento é preciso que todos estejam unidos. Precisamos regatar o sindicalismo e intensificar as mobilizações.

A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Piracicaba e região esteve no dia 24 de maio em Brasília, juntamente com a Força Sindical e as Centrais sindicais, participando dos protestos e pressionando os parlamentares contra estas reformas.

Não iremos aceitar nenhuma retirada de direitos.  O movimento sindical continuará na luta. Precisamos reagir agora ou iremos perder todos os nossos direitos conquistados.

José Florêncio da Silva, Bahia, presidente em exercício do Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba e região