Com as contratações feitas no primeiro semestre pelas Indústrias de Piracicaba e da região, o saldo do emprego foi positivo em 1,8 mil novos postos gerados no período de janeiro a junho deste ano. Os dados são da pesquisa do Nível de Emprego Regional da Diretoria Regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). Os dados são os melhores para o primeiro semestre desde 2013.
O semestre, com acumulado de 4,30% que representam o aumento dos 1,8 mil postos de trabalho. Em 2016, o primeiro semestre teve queda de 1.450 postos de trabalho, em 2015 foram menos 1,6 mil empregos, em 2014, queda de 5,4 mil e, em 2013, foi positivo em dois mil postos de trabalho.
No Estado, no primeiro semestre, o resultado foi positivo em 10 mil novas vagas de trabalho. Em junho, a Indústria paulista fechou o mês com demissão de 9,5 mil trabalhadores, queda de 0,44% na comparação com o mês anterior.
Em Piracicaba, em junho, houve redução de 200 empregos (-0,46%), ante o mês de maio. “Nesse caso, as demissões foram motivadas pela Indústria Alimentícia no setor Sucroenergético. Nas áreas que já tiveram a colheita da cana-de-açúcar efetuada, parte da mão-de-obra não é reaproveitada e influi no nível do emprego. É um resultado sazonal e mesmo assim, é o melhor mês de junho desde 2012”, afirmou o gerente-regional do Ciesp Piracicaba, Homero Scarso.
Com essa queda, o Ciesp Piracicaba ficou na 18ª posição entre as 35 Diretorias Regionais pesquisadas. As melhores foram Jaú (1,13%), São Caetano do Sul (0,59%) e Limeira (0,48%). As piores foram: Botucatu (-5,68%), Santos (-2,37%) e Matão (-2,01%). No acumulado dos 12 meses, há uma queda de 800 postos de trabalho em Piracicaba, uma redução de 1,76%.
Em 2016, em junho, o semestre e o mês fecharam negativo em 0,76%, com redução de 300 empregos, cada período. Nos 12 meses, foram menos 5,7 mil postos de trabalho, que representaram redução de 10,86% no nível da empregabilidade.
Exportação garante emprego
O gerente do Ciesp Piracicaba, Homero Scarso, analisa que o resultado da melhora do saldo do emprego na Indústria de Piracicaba e região, ocorreu por conta da Exportação. “Ele foi puxado por dois setores importantes: o de veículos automotores e autopeças e pelo de máquinas e equipamentos. Não indica uma retomada da Economia, porque o mercado interno ainda está parado, mas é um resultado real e desvinculado da situação política do País”, afirmou.
Ele prevê que o segmento exportador continuará estável no segundo semestre e que se “não houver sobressaltos, principalmente no setor sucroenergético, não haverá uma queda abrupta nas próximas pesquisas. O número de demissões deverá permanecer baixo”, disse.
FONTE: Gazeta de Piracicaba