O Jornal de Piracicaba foi às ruas para saber quais medidas a população tem colocado em prática para economizar água.
Todos os entrevistados afirmaram que estão preocupados com a seca que afeta a região desde o final de 2013 e têm feito o que podem para contribuir com a economia da matéria-prima.
O comerciante Fernando César Novaes, 42, é proprietário de um estabelecimento próximo à Rua do Porto e disse que há quatro meses vem colocando em prática diversas medidas que visam economizar água.
“A ordem é não lavar nem o chão e nem a calçada. Ultimamente temos passado pano molhado e varrido as folhas e sujeira com a vassoura.”
Além disso, Novaes afirmou que começou a servir os clientes em pratos e talheres descartáveis. “Assim não gasto água lavando louça, é só jogar fora.”
A empresária Miriam Ferreira de Moura, 46, mudou a maneira que costumava lavar louça. “Agora coloco uma tigela com água ao lado da pia e vou molhando e ensaboando tudo, e depois enxáguo de uma vez só. Gasta bem menos água do que enxaguar item por item.”
O professor Marcos Antonio Azevedo de Souza, 50, disse que já incorporou em sua rotina hábitos para economizar água.
“Ultimamente, não mudei nada porque eu já faço o que posso para não esbanjar. Acho que as pessoas precisam entender que economizar tem que passar a fazer parte do dia a dia da casa, e não deixar para restringir o uso apenas em situações críticas, como a que estamos vivendo agora.”
A professora Camila Danielle Santos, 32, quase não usa mangueira em sua casa. “Uso rodo com pano para limpar a casa e o banho é rápido, de cinco a seis minutos no máximo.”
A dona de casa Dirce Esterdi, 65, afirmou que tem reutilizado a água que usa para lavar roupa para limpar o quintal.
“Eu tenho cachorro e por isso preciso lavar o quintal quase todo dia. Mas tenho usado água da máquina de lavar para isso”, mesma medida apontada pela dona de casa Lúcia Cristina da Silva, 49.
“Banho só o tempo necessário, sem enrolar. O rio está uma judiação, sem nada de água, com as pedras e bancos de areia muito aparentes.”
A agente de serviço escolar Ana Cecília da Silva Santana, 59, disse que não consegue deixar de gastar água na hora do banho, mas que tem se esforçado para economizar em outras situações.
“Parei de lavar a calçada e tenho lavado roupa uma vez por semana. Mas, mesmo com essa situação, vejo muitas pessoas nas ruas lavando os carros e as garagens.”
O porteiro Rodrigo Soares da Silva, 33, trocou as torneiras que estavam vazando para economizar. “Num momento como esse, qualquer ato faz a diferença.”
O frentista Djalma Moreira de Meirelles, 43, disse que tem acompanhado a crise hídrica e está preocupado com o que pode acontecer no futuro. “Falei com todos da minha família para cada um fazer a sua parte”.
A confeiteira Andresa Camargo, 36, está mais atenta na hora de lavar louça e tomar banho. “Todos em casa estão colaborando. Eu moro perto do rio há 40 anos e nunca vi ele desse jeito, é muito triste.”