Dezenas de agentes comunitários de Saúde e equipes com caminhões percorreram no última sábad (16/05) os loteamentos Javari 1, 2 e 3 e os bairros Boa Esperança, Jardim Campos Elíseos, Jardim Maria Cláudia, Jardim dos Antúrios, Jardim Sônia e Jardim Irapuã, para a realização do arrastão contra a dengue.
Foram recolhidas toneladas de materiais que servem como criadouro do mosquito Aedes aegypti.
Os agentes sentiram que, devido ao grande número de casos de dengue em Piracicaba e na região, a população está mais receptiva e aberta para colaborar com os trabalhos de limpeza.
“Está bem mais fácil, pois as pessoas estão abrindo mais as casas. Antes, a gente enfrentava muita resistência, mas hoje todo mundo está disposto a colaborar”, disse o agente de saúde Alexandre Gonzales, 45 anos.
Daniel Willian Oliveira, 22 anos, morador da rua Luiz Delfini, no Boa Esperança, aproveitou o arrastão para fazer uma grande limpeza no quintal de casa.
“Meu sogro trabalhava com materiais recicláveis e a gente tinha muitas coisas no quintal que não serviam mais. Quando soube que ia ter o arrastão, eu conversei com ele, que topou na hora, pois a minha sogra já teve dengue este ano”, relatou.
A auxiliar de almoxarifado Mara Rúbia, 34 anos, também apoia o trabalho das equipes.
“Eu acho importante que todo mundo colabore, pois não há como cobrar o poder público se nós também não fizermos a nossa parte. Se cada um colaborar, os índices serão bem menores”, disse.
Durante os trabalhos, os coletores do arrastão encontraram todos os tipos de materiais.
De pneus a eletrodomésticos, tudo era recolhido pela equipe.
“Aqui nós achamos madeira velha, pedaços de TV, entulho, plásticos, fogão, pneus e móveis. Tem muito trabalho a ser feito”, disse o servidor Washington Luis Rodrigues, 29 anos, que trabalhava na coleta.
A Secretaria Municipal da Saúde informou que irá realizar 78 arrastões até o final de novembro.
Serão 28 arrastões aos sábados e outros 50 contemplando todas as unidades do PSF (Programa de Saúde da Família).
Em 61 arrastões realizados entre julho de 2014 e março de 2015, foram recolhidas cerca de 600 toneladas de materiais.