small_2015-05-20-0001-01Usuários do sistema público de transporte procuraram o Jornal de Piracicaba nesta terça-feira (19/05) para reclamar sobre a superlotação em horários de pico e supostas irregularidades em algumas linhas, como o não cumprimento do itinerário ou adiantamentos e atrasos em horários de partida no TCI (Terminal Central de Integração).

Eles também reclamam da falta de informações sobre mudanças de itinerário provocadas por eventos públicos ou problemas envolvendo vandalismo.

A reportagem do JP esteve nesta terça no TCI para acompanhar a situação.

O terapeuta Alexandre Guimarães Doná contou que passou a utilizar o transporte público há três meses, após ser acometido por uma doença que o impediu de dirigir o próprio veículo.

De lá para cá passou a sofrer uma série de transtornos provocados pela falta de pontualidade, superlotação e pelo não cumprimento do itinerário.

Todos os dias Doná utiliza a linha Unileste (210) para ir de casa para o trabalho.

“É uma bagunça, pois tem dia que o ônibus atrasa demais, mas tem dias que ele sai do TCI antes do horário informado no quadro de avisos. É uma falta de respeito com o usuário”, relatou.

O terapeuta também denunciou o ‘não cumprimento’ de itinerário de algumas linhas.

“A linha 210-B, que também vai até o distrito Unileste, tem de passar pelo Jardim Potiguar. Tem dias que, sem qualquer razão aparente, o ônibus não entra neste bairro e os moradores simplesmente perdem o ônibus”, disse.

A balconista Rosemilda dos Anjos, moradora do bairro Nova Iguaçu, também reclama dos atrasos nas linhas.

“Eu nunca sei se vou chegar cedo ou atrasada no trabalho. Tem dias que pego outra linha e desço mais longe para garantir que não vou me atrasar. É difícil conciliar os compromissos desse jeito”, afirmou.

A comerciante Maristela Zigname, que trabalha na região da Rua do Porto, reclama dos horários, principalmente nos fins de semana.

“Durante a Festa das Nações, por exemplo, eles desviaram várias linhas e simplesmente não comunicaram os usuários. Nada contra a festa, mas a empresa não se preocupa se nós estamos esperando ou não em um ponto onde o ônibus não vai passar naquele dia. Isso é uma falta de respeito que se repete toda vez que há uma mudança no itinerário”, relatou a comerciante.

Para o estudante Luis Gustavo da Silva, o que mais incomoda é a superlotação nos horários de pico.

“Eu já vi várias pessoas se machucarem por causa do aperto e da movimentação do ônibus no trânsito. Durante os fins de semana também é difícil se programar porque as linhas são muito espaçadas e o ônibus demora muito. Acredito que dá para melhorar. É uma questão de vontade”, afirmou.

VIA ÁGIL — A assessoria de imprensa da empresa Via Ágil, responsável pelo transporte público na cidade, informou que o horário de partida dos coletivos no TCI está diretamente ligado às condições do trânsito onde, dependendo do local e do horário, os coletivos podem atrasar quando estão presos em congestionamentos.

Sobre as mudanças e cumprimento de itinerário, a assessoria está fazendo um levantamento dos casos citados para responder posteriormente.

Jornal de Piracicaba