Em junho, a Emdhap (Empresa Municipal de Desenvolvimento Habitacional de Piracicaba) abrirá inscrições para famílias interessadas em habitar 1.920 moradias populares que já estão em construção nos bairros Itaperu e Vila Sônia.
Para selecionar as famílias, a prefeitura irá seguir, pela primeira vez, novos critérios estabelecidos em decreto municipal: é preciso morar em Piracicaba há pelo menos oito anos, trabalhar e votar na cidade.
Estes apartamentos são voltados para população com renda mensal de até R$ 1.600 e o valor pago por cada família pelo período de dez anos será entre R$ 20 e R$ 80 mensais.
As inscrições para o cadastro habitacional poderão ser feitas entre 15 de junho e 3 de julho, de segunda à sexta-feira das 8h às 17h, na sede da Emdhap.
Não são válidas inscrições feitas anteriormente, portanto, os interessados em concorrer a estes apartamentos devem renovar o cadastro no período determinado.
“Quem cumprir mais critérios, terá mais chances. A seleção será por pontuação. Caso sobrem apartamentos, iremos abrir as inscrições para as demais famílias”, afirmou o presidente da Emdhap, Walter Godoy.
Para o prefeito Gabriel Ferrato (PSDB), as novas regras de classificação são mais justas.
“Estes critérios evitam que aventureiros venham buscar moradia na cidade. Queremos preservar o cidadão que tem compromisso com o município.”
Também valem como critérios de classificação as famílias residentes em áreas de risco e insalubres ou que tenham sido desabrigadas, e famílias que tenham mulheres como responsáveis financeiras.
Existe também uma reserva legal de 3% das unidades habitacionais para idosos e deficientes físicos.
Não poderão se inscrever pessoas que já possuam imóveis ou que tenham sido beneficiadas por outros programas habitacionais.
Estão em fase de construção 1.200 apartamentos no bairro Itaperu, próximo a Ártemis, que são denominados Vida Nova, e mais 720 apartamentos na Vila Sônia — denominados Ipês.
O investimento total, com recursos dos governos federal, estadual e municipal, é de R$ 196 milhões.
“Caso não haja atraso nos repasses do governo federal, os apartamentos ficarão prontos até o final de 2016”, disse Ferrato.
Godoy, por sua vez, informou que as empresas responsáveis pelas obras também têm a obrigação de construir equipamentos sociais — como escolas de ensino infantil e fundamental — e unidades de saúde no entorno, que devem ser entregues juntamente com os apartamentos.
O presidente da Emdhap disse ainda que a administração municipal acompanha, durante um ano, a vida destes moradores, oferecendo assistência geral de como conviver em um condomínio e até oferecendo cursos profissionalizantes.