O pagamento da primeira parcela do 13º salário aos aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) deverá injetar R$ 43,3 milhões na economia de Piracicaba. Na cidade serão contemplados com o adiantamento 60.017 segurados. Segundo a Previdência Social, os valores serão liberados entre 25 de agosto e 8 de setembro junto com o pagamento dos benefícios da folha mensal. O órgão informou que a primeira parcela do benefício será depositada conforme o calendário de pagamentos. Primeiro para quem recebe até um salário mínimo e, depois, a partir do dia 1º de setembro aos que recebem acima do mínimo. Já a segunda parcela do abono será creditada na folha de pagamento de novembro quando serão aplicados os descontos.
De acordo com Francisco Constantino Crocomo, coordenador do banco de dados socioeconômicos da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba), os aposentados e pensionistas devem usar o salário extra, primeiramente, para quitar dívidas e depois, em benefício próprio. “Sabemos que existe um número grande de aposentados que adquirem empréstimos e acabam com dificuldades para quitar essa dívida, por isso minha principal recomendação é que a pessoa use esta primeira parcela para liquidar ou reduzir o valor devido. Depois, recomendo que o aposentado use o recurso em benefício próprio, comprando algo que ele deseja e que o faça feliz”, afirmou.
Crocomo recomendou que os pensionistas permaneçam atentos a propostas apresentadas por instituições financeiras que oferecem empréstimos com desconto na folha de pagamento. “Não podemos generalizar, mas existem aqueles que enxergam nos aposentados uma forma de vender produtos financeiros com facilidade, se aproveitando da ingenuidade de alguns. Minha recomendação é que estes aposentados não cedam a pressão e não façam empréstimos caso não estejam verdadeiramente necessitados, porque esta é uma dívida fácil de entrar e difícil de sair”, relatou.
Quanto aos R$ 43,3 milhões injetados na economia local, o economista considerou o montante significativo e importante para movimentar diversos setores, em especial o comércio. “Este valor representa algo em torno de 0,2 a 0,3% do PIB (Produto Interno Bruto) da cidade, que deverá ser aplicado, em sua maior parte, no comércio. Isso, na atual conjuntura é muito válido, já que segundo dados recentes do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), foi justamente no comércio onde ocorreram recentemente boa parte das demissões da cidade, com quase 90 baixas no levantamento mais recente”, afirmou Crocomo.
FONTE: Jornal de Piracicaba