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O custo da cesta básica apresentou alta de 9,23% no primeiro semestre deste ano. O aumento foi constatado pela pesquisa divulgada quinta-feira (07) pela Ejea (Empresa Junior de Economia e Administração da Esalq). Com a alta, o preço médio da cesta chegou a R$ 583,34 no mês de junho. O índice deste ano é superior aos aumentos registrados nos primeiros semestres de 2014 (8,63%) e 2015 (8,22%).

De acordo com Isabela Fernanda Luiz, que participa da pesquisa e análise dos dados, são coletados preços de itens de alimentação, higiene pessoal e limpeza em quantidade suficiente para manter uma família com quatro integrantes durante um mês. “A pesquisa foi realizada em oito supermercados da cidade durante seis meses. A alta da cesta foi motivada, principalmente, pelo preço do feijão”, informou.

Como o Jornal de Piracicaba já noticiou, o quilo do feijão chegou a custar R$ 15. O Ejea apontou que, a alta do preço, no primeiro semestre, foi de 112,76%. O grão foi unanimidade no questionamento feito às donas de casa sobre qual produto encareceu mais a cesta básica. “Hoje (ontem) encontrei por R$ 7,50, mas cheguei a pagar R$ 12 o quilo. Tenho que comprar porque tenho duas crianças em casa e o consumo é de quase um quilo por semana”, relatou a dona de casa Fabiana Golo, 34. A costureira Antonia Rodrigues, 76, trocou o feijão carioca pelo preto ou lentilhas, que saem mais em conta. “Não tem nada barato no mercado, é tudo muito caro. Mas o feijão está demais. Tenho que procurar o que é mais em conta, porque minha renda é a mesma”, disse.

Segundo os pesquisadores, o encarecimento do feijão está relacionado à menor área plantada na safra desde 2014. A desempregada Aline Filipa Ravera, 37, faz compras somente em dias de ofertas. “Vim comprar batata, porque está em oferta. Já cheguei a pagar R$ 6 o quilo e aqui está R$ 2,95. O feijão tive que substituir por lentilha, porque o preço está impraticável”, afirmou.

A batata também teve destaque entre os itens avaliados com um aumento de 50,64% no preço pago pelo consumidor. Outros alimentos que ficaram mais caros no primeiro semestre foram o alho (38,31%), o óleo de soja (10,52%), a carne suína (9,69%) e o café (7,41%). “Além do feijão, o que está pesando mais nas minhas compras é o pó de café”, relatou Antonia.

Dentre as categorias pesquisadas, a maior alta foi observada na de higiene, com 14,48%. As categorias alimentação e limpeza doméstica aumentaram, respectivamente, 9,18% e 4,93% no mesmo período.

 

FONTE: Jornal de Piracicaba