Os problemas enfrentados diariamente pelos trabalhadores a cada dia que passa se intensificam mais, são juros altos, inflação, baixa perspectiva, desemprego, dentre tantos outros.  Além de todo este desequilíbrio econômico a redução dos direitos trabalhistas e direitos previdenciários vem sendo apontada pelo governo como uma saída para a crise.

Mas isto não condiz, pois medidas como estas jamais irão superar uma crise e sim fazer com que o País viva um retrocesso. Uma jornada de 80 horas semanais, por exemplo, seria como a escravidão voltasse ao Brasil.

Não queremos alterações na CLT (Consolidação das Leis trabalhistas), nem nos pagamentos das aposentadorias, queremos a volta do crescimento econômico e a geração de empregos, mas sem perda de direitos.

Sindicalistas de todo Brasil estão atuando junto e no dia 26 de julho, em São Paulo, aprovamos na Assembleia Nacional de Trabalhadores pelo Emprego e Garantia dos direitos um documento, em que são apresentadas as propostas para que o País saia da crise, sem que para isto tenha que se retirar direitos.

São propostas como: Redução da taxa de juros que viabilize a retomada do
crescimento industrial; Redução da jornada para 40 horas semanais, sem redução de salários; Retomada do investimento público e privado em infraestrutura produtiva, social e urbana, ampliando os instrumentos para financiá-la; Retomada e ampliação dos investimentos no setor de energia (petróleo, gás e fontes alternativas renováveis, em especial a Petrobrás);
Destravamento do setor de construção, para garantir a manutenção das atividades produtivas e dos empregos nas empresas do setor; Criação de condições para o aumento e a manutenção da produção e das exportações da indústria de transformação; Adoção e aprofundamento de políticas que deem sustentação ao setor produtivo, com contrapartidas sociais e ambientais; Incentivos às políticas de fortalecimento do mercado interno para incrementar os níveis de produção, consumo, emprego, renda e inclusão social.

Temos propostas e elas precisam ser ouvidas. A Classe trabalhadora não pode pagar por uma crise que não foi eles que criaram. É preciso mudar esta realidade e lutar pela volta do desenvolvimento do País.

 

José Florêncio da Silva, Bahia, presidente em exercício do Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba e região