Com as chuvas, o Piracicaba está cheio e atrai moradores e turistas que, ao admirar a sua beleza, presenciam, também, a Piracema. O fenômeno marca o período de desova para a reprodução dos peixes do rio. É proibido pescar até o dia 28 de fevereiro. A medida de proteção à fauna aquática teve início em 1º de novembro, com fiscalização ampliada neste ano pela Polícia Militar Ambiental.
A vazão do rio, na tarde desta quarta-feira (1º), estava estável em aproximadamente 197 metros cúbicos de água por segundo, com altura de 2,65 metros. Curimbatás e piaparas são as espécies mais comuns vistas saltando no rio neste período de Piracema, conforme o biólogo piracicabano, Luccas Longo.
Nesta quarta-feira, turistas paulistanos ficaram admirados com a beleza do rio Piracicaba e os peixes. Eles visitaram o Aquário Municipal e se disseram surpresos com a cidade. “Esse rio é um fenômeno maravilhoso da natureza. Sempre ouvimos falar do rio Piracicaba, principalmente no período da seca, que passa na TV, mas vê-lo ao vivo foi surpreendente”, disseram Eliana Aparecida Gomes Cobra, 59 anos de idadee Ana Maria Gomes Cobra, 53 anos de idade.
Elas gostaram tanto do que viram que pretendem retornar com mais familiares. “Essa é nossa primeira visita à cidade e ficamos encantadas como o rio está associado à cidade. Vamos convidar todos da família para conhecer Piracicaba e o rio”, comentaram.
Espécies
Além dos curimbatás e piaparas, há no rio Piracicaba mais de 100 espécies de peixes, segundo Luccas Longo. Dourados e mandis também são vistos no manancial. Segundo Longo, a legislação sobre a pesca no Estado de São Paulo determina a proibição – exceto para fins científicos – a menos de 500 metros de saídas de esgotos, a menos de 50 metros a jusante e a montante de barragens, a menos de 200 metros do final de corredeiras e cachoeiras, e nos corpos d’água (lagoas) marginais.
“A criminalização da pesca, tendo por base a Lei de Crimes Ambientais, prevê, além de multa pela infração da pesca de exemplares de tamanho inferior ao permitido ou de espécies preservadas, multa por exemplar pescado e mesmo pena de detenção”.
FONTE: Gazeta de Piracicaba