Olá, amigos! Hoje quero colocar um pouco sobre o que penso com relação à importância dos sindicatos.

Um indivíduo, sozinho, é sempre mais frágil do que em grupo. Isso não sou eu quem digo, a história e a própria natureza mostram. É questão de sobrevivência se unir em torno dos mesmos objetivos – e que eles sejam benéficos a um certo número de indivíduos sem prejudicar outros, claro.

Uma das definições do famoso dicionário Aurélio sobre sindicalismo é que se trata de uma “doutrina política ou movimento que admite a transformação social por meio de organizações operárias profissionais”. Sindicalização, dentre outras definições, aparece como “agrupamento de uma classe para defesa dos seus interesses econômicos e sociais.”

Ninguém precisa ser ligado em teoria para entender: certamente, cada um de vocês já sentiu na pele ou pelo menos conhece alguém que tenha precisado recorrer ao sindicato para receber orientações sobre seus direitos, ter um respaldo do Jurídico, denunciar alguma barbaridade. Por outro lado, também para ter acesso a mais qualidade de vida, seja por meio de um atendimento médico, odontológico ou para momentos de lazer.

Numa cidade como Piracicaba, em que de alguma forma boa parte da população se beneficia do ramo metalúrgico, a força do sindicato se faz presente também no dia a dia, porque ao longo dos anos foi necessário que entidades do gênero se voltassem para a sociedade. Ou seja, a representação, a luta por direitos, não se fazem exclusivamente para os que estão no chão de fábrica, toda a comunidade ganha.

O entendimento é que a participação ativa na tomada de decisões de instituições políticas, educacionais e de representação de outras categorias é essencial para que possamos influir positivamente no planejamento estratégico do município para o futuro.

Então, trabalhador, por mais que a situação atual esteja complicada, que o noticiário cause uma certa apreensão sobre os rumos do País, que a gente esteja acompanhando de perto a questão do desemprego de parentes, amigos, a hora não é de desanimar, muito menos de “abandonar o barco”. Quer dizer, é preciso buscar fortalecimento no grupo. Participar ativamente das ações do sindicato. Se mobilizar.

Em uma entidade sindical nada se resolve com canetada, mas em comum acordo. Opine. Se posicione. De repente, aquilo que você acredita é o mesmo que muitos dos colegas e pode se tornar uma bandeira. O que nasce pequenininho, mesmo num município pequeno, pode tomar corpo quando várias organizações seguem uma mesma linha. Enfim, toda pessoa é essencial.

Precisamos, cada um na própria função, criar estratégias de fortalecimento das entidades. Separados, não somos nada. Várias cabeças pensando, vários braços agindo, é assim que o trabalhador vai se impor como aquilo que ele é de fato: essencial no andamento da engrenagem deste País.

 

José Luiz Ribeiro, secretário do Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo