Dentre tantos fatores econômicos, o que mais nos interessa no momento é a retomada do poder aquisitivo dos trabalhadores e esse, necessariamente, passa pela geração de postos de trabalho dignos e reajustes salariais que possibilitem a capacidade financeira de, novamente, voltar a consumir produtos e serviços que tragam qualidade de vida.

Certamente essa equação não é muito simples após três anos de uma profunda crise econômica e a destruição de boa parte de nosso parque industrial e os empregos que este proporcionava.

No entanto, os números oficiais mostram uma moderada retomada em nossa economia e, de nossa parte, entendemos que quem mais sofreu com toda esta crise deva ser o primeiro a se beneficiar com a saída dela, ou seja, a classe trabalhadora. A lógica tem de ser esta e não podemos aceitar outra.

Os Metalúrgicos do Estado de São Paulo estão em plena Campanha Salarial e a luta de seus sindicatos para que sejamos beneficiados com a retomada da produção nas fábricas é nossa meta principal. Além de toda a crise, a Reforma Trabalhista ainda vem dando aos patrões ares de que farão o que bem entender com a força de trabalho para aumentarem seus lucros, mas não será bem assim.

Em cada canto do Estado, nossos sindicatos filiados estão trabalhando fortemente para mobilizar e unificar os trabalhadores. A cada dia mais Assembleias, manifestações e atos têm esclarecido a categoria sobre o risco das perdas que poderão acontecer com a precarização do trabalho que a Reforma trás. Estamos preparados e saberemos o momento certo de usarmos nossa força para atingirmos nossos objetivos de bons reajustes salariais, criação de empregos e manutenção de nossos direitos.

 

Claudio Magrão

Presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo