A Gerência Regional do Trabalho e Emprego no município – a Agência do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) na cidade – está funcionando em situação precária, com 50% do efetivo administrativo. Além disso, o contrato da equipe de funcionárias terceirizadas da faxina vencerá no dia 9 de fevereiro.

Se não houver uma solução para essas duas frentes, a unidade corre o risco de, temporariamente, fechar as portas e não realizar o atendimento ao público, alertou Antenor Varolla, gerente-regional do MTE em Piracicaba.
O MTE em Piracicaba atende 15 municípios da região, que englobam cerca de um milhão de habitantes. A unidade (localizada na rua Boa Morte, 1.791, Centro) realiza uma média diária de 200 atendimentos diários – casos como encaminhamentos/cálculos de seguro desemprego, emissão de carteira de trabalho, mediação coletiva de trabalho e outros serviços.
Os problemas no Ministério do Trabalho de Piracicaba já foram relatados ao Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba (Conespi) e, por meio do órgão, levados ao secretário estadual do Emprego e Relações do Trabalho, José Luiz Ribeiro.
Varolla, que desde 2008 é gerente do MTE Piracicaba, relata que o trabalho administrativo na gerência-regional até pouco tempo era feito por oito funcionários, quatro efetivos e quatro terceirizados. Porém, no dia 10 de janeiro venceu o contrato com a empresa que cedia os quatro empregados terceirizados, que, então foram desligados.
“Esses funcionários faziam o trabalho de recepção, que envolve a entrega de protocolos, recebimento de documentação (do público e interna), recebimento de correspondência, orientações ao cidadão, fornecimento de lista de documentos necessários para os diferentes serviços e outras rotinas. Ou seja, são pessoas que fazem um trabalho prévio para o atendimento. Não tendo as recepcionistas, um dos quatro servidores que terá que fazer esse trabalho”, frisou o gerente-regional.
“Hoje, o déficit no setor administrativo é de 50% da mão de obra”, acrescentou. Sem o número ideal de funcionários, Varolla decidiu, por tempo indeterminado, reduzir o período de atendimento do MTE Piracicaba.
Em tempos normais, o órgão funciona das 7h30 às 17h30 (ininterruptamente), mas por conta da situação o horário de atendimento é das 8 horas ao meio-dia e das 13 horas às 17 horas. “É uma situação emergencial porque não tenho condições de fazer isso em período integral com quatro funcionários”, disse.
Quanto à faxina, Varolla diz que o contrato com a terceirizada já venceu e que o serviço será suspenso no dia 9 de fevereiro. “Só para se ter uma ideia, são oito banheiros para o público, além de várias salas e a limpeza do calçamento entre outras tarefas”, observou.
O gerente-regional do MTE diz que formalizou os problemas da unidade ao superintendente-regional do Trabalho e Emprego, em São Paulo, Eduardo Anastasi. Inicialmente por e-mail, mas, nesta segunda-feira (29), enviou um memorando interno.
“Durante minhas férias, pedi uma audiência com o superintendente, fui a São Paulo (SP), e ele me garantiu que há um processo licitatório que vai definir uma nova empresa a ser contratada, que vai fornecer os quatro funcionários terceirizados da administração. A previsão é para ser depois do Carnaval, lá pelo dia 15 de fevereiro. Então vamos aguardar”, declarou.
De acordo com Varolla, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo ainda informou que haverá a contratação de faxineiras.
“A Superintendência nos disse para ficarmos tranquilos, que tudo será resolvido, mas não sinalizou qual providência tomará. Então, nossa expectativa é que no dia 10 tenhamos as três faxineiras, porque aqui é muito grande”, observa. “Eu diria que essa situação precariza tanto o trabalho nosso, administrativo e interno, quanto o atendimento ao público”, afirma.
FONTE: Gazeta de Piracicaba