No mês de março deste ano, a Indústria gerou 50 novos postos de trabalho, crescimento de 0,15% com relação a fevereiro, em Piracicaba. O número indica a estabilidade do setor e manteve o saldo positivo no primeiro trimestre do ano, que acumula 400 empregos. Nos últimos 12 meses, o acumulado é de 150 postos (+0,30%). Os dados foram apresentados, nesta segunda-feira (16), pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), que divulgou a Pesquisa ‘Nível de Emprego Industrial’.
No trimestre, o mês de janeiro teve aumento de 0,65% e, em fevereiro, cresceu 0,09%, comparado aos meses anteriores, respectivamente, em Piracicaba. O resultado de março (+0,15%) foi muito inferior ao de março de 2017, quando o índice ficou em mais 3,13%, gerando cerca de 1.050 postos de trabalho.
“No ano passado já tínhamos as contratações do setor sucroenergético em março. Neste ano, as usinas demoraram mais para contratar mão de obra, o que está sendo efetivado em abril. Outras regiões do Estado que têm esse setor também com grande influência no desenvolvimento econômico já contrataram em passaram a ocupar as primeiras posições na análise de todas as Diretorias Regionais”, informou Homero Scarso, gerente-regional do Ciesp Piracicaba.
As regiões que estão em primeira colocação em geração de emprego industrial no mês passado são: Sertãozinho (+4,75%), Bauru (+1,96%) e Presidente Prudente (+1,63%). A região de Piracicaba, que abrange oito cidades, está na 22ª colocação. Em março do ano passado, foi a primeira do Estado.
De todas as Diretorias Regionais, 23 apresentaram índices positivos, cinco permaneceram estáveis e oito tiveram redução de vagas. A Indústria Paulista gerou 10 mil vagas de emprego em março e teve o melhor desempenho do primeiro trimestre, desde 2013. No ano, o Estado acumula a geração de 23 mil postos de trabalho. As Diretorias que apresentaram índices negativos foram Santos (-6,38%), Guarulhos (-0,85%) e Osasco (-0,83%).
Regional
Em Piracicaba, a tendência é que nesse semestre o aumento de vagas fique estável. “Tivemos contratações no ano passado e, no momento, essas vagas estão sendo mantidas. Os que influenciaram o emprego em março foram os setores de Produtos Minerais Não-Metálicos (+6,22%), que indicam o início de uma reação da Indústria da Construção Civil que acumula queda nos 12 meses (-8,68%); o de Máquinas e Equipamentos (-0,29%), que caiu no mês mas acumula alta de 19,20% nos 12 meses e é impulsionado pela Exportação; e o de veículos automotores e autopeças (+1,46%) e que acumula crescimento de 15,14% nos 12 meses, aquecido pelos mercados interno e externo”, afirmou.
Entre os setores 22 setores industriais avaliados pelo Ciesp, no acumulado dos últimos 12 meses, na região de Piracicaba apenas sete apresentaram saldo positivo do emprego. Oito permaneceram estáveis e sete estão com índices negativos.
“Para recuperar, esses setores devem demandar de dois a quatro anos e alguns não conseguirão retomar as atividades, porque necessitarão de investimentos e não têm capital para isso. Não temos fechamento de indústrias na cidade, mas há um forte movimento de venda das que estão em dificuldade financeira”, comentou Scarso.
FONTE: Gazeta de Piracicaba