Acontece na próxima sexta-feira (20), às 10h, na sala B do 2ª andar do prédio anexo da Câmara de Vereadores, o lançamento oficial da campanha do Julho Amarelo, que alerta para a importância da prevenção, contra o vírus da hepatite C e de outras duas variantes; A e B.
De acordo com o presidente da ONG (Organização não Governamental) Caphiv-CapVida, Paulo Soares, há aproximadamente 20 mil pessoas no município de Piracicaba que são portadoras do vírus das hepatites virais.
“A ideia parte da premissa da conscientização. As hepatites virais são 10 vezes mais infecciosas que o HIV/Aids. Segundo os dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) estima-se que 500 milhões de pessoas estejam contaminadas com hepatites B e C atualmente, caracterizando a maior epidemia da humanidade. Só no Brasil a estimativa é que tenham três milhões de pessoas infectadas, daí a importância da prevenção, testagem, diagnóstico e a vacinação. As hepatites B e C só tem cura se tratada a tempo e adequadamente”, explica Soares.
Ainda segundo o presidente, a hepatite B tem sido mais comum em jovens, pois estes são sexualmente mais ativos, enquanto a C está relacionada a população acima dos 40 anos, que geralmente são pessoas que passaram por cirurgias e transfusões de sangue antes de 1993. “No Brasil os protocolos de testagens, bem como as tecnologias de análises só foram implementadas após 1993”, citou.
O presidente da ONG ressalta ainda que Piracicaba foi a primeira cidade do mundo a criar o conceito de julho amarelo. A iniciativa foi da Caphiv em 2011 e ratificada em parceria com a Câmara dos vereadores de Piracicaba através do decreto legislativo n.08/15. “O que existia antes desta data era o 28 de julho que é o dia Internacional das hepatites instituída pela ONU (Organização das Nações Unidas). A ideia de julho amarelo é pioneira da nossa cidade e já foi exportada para outras cidades e estados e atualmente tramita no congresso a instituição do julho amarelo nacional”, relata o presidente.
A hepatite é uma inflamação no fígado que, dependendo do agente que a provoca, pode-se curar apenas com repouso ou requerer tratamentos prolongados como um transplante de fígado quando se desenvolvem complicações graves da cirrose como a falência hepática, ou o câncer no fígado, que podem levar à morte. As hepatites podem ser provocadas por bactérias, por vírus, e também pelo consumo de produtos tóxicos como o álcool, medicamentos e algumas plantas.
Os primeiros sintomas a surgir são febre, mal-estar, desconforto, dor abdominal, dor nas articulações e erupções na pele. Mais tarde, pode aparecer icterícia, a urina tornar-se escura e as fezes mais claras do que o habitual. A hepatite crônica pode não apresentar quaisquer sintomas específicos, mas por vezes, provoca alguma debilidade associada a cansaço.
De acordo com o Fundo Mundial para a Hepatite da Organização das Nações Unidas, cerca de 500 milhões de pessoas no mundo está infectada com os vírus para hepatite B e C, e apenas 5% delas sabem que tem a doença. No Brasil, existem cerca de 1,5 milhão de pessoas infectadas pela hepatite C, doença responsável por 70% das hepatites crônicas.
A hepatite C é um dos três tipos mais comuns de hepatite e é considerado o pior deles. É uma doença viral que leva à inflamação do fígado e raramente desperta sintomas. “A maioria das pessoas não sabe que tem hepatite C, muitas vezes descobrem através de uma doação de sangue ou pela realização de exames de rotina, ou quando aparecem os sintomas de doença avançada do fígado, o que geralmente acontece décadas depois”, explica Paulo.
FONTE: Jornal de Piracicaba