O número de casos confirmados de dengue em Piracicaba (SP) já é o maior em 12 anos. Até dia 22 de novembro, última atualização da Vigilância Epidemiológica, a cidade tinha 3.920 casos. O último ano em que o número chegou a ficar próximo a esse foi 2015, que teve 3.707 pessoas com a doença. Antes disso, o último ano em que a cidade teve mais dengue que 2019 foi em 2007, com 5.662 casos.
Em contrapartida aos últimos dois anos, em que os números tinham ficado abaixo de 100 o ano inteiro, até agora em 2019 a média é de 11,7 confirmações da doença por dia (confira no final da reportagem o número de casos dos últimos 12 anos).
O número já é considerado epidemia, já que a prefeitura usa como referência o índice da Organização Mundial de Saúde (OMS), que considera epidemia quando as cidades alcançam 300 casos confirmados para cada 100 mil habitantes.
Levando em consideração que a cidade tenha 400.949 habitantes, segundo a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice epidêmico foi alcançado quando o município chegou a 1.202 casos confirmados.
Ações de combate
A Secretaria de Saúde informou que realiza visitas constantes às casas, cada dia em uma região da cidade. Além disso, há o Programa Municipal do Combate ao Aedes (PMCA), que fiscaliza, aplica multas e realiza atendimentos com intuito de reduzir os criadouros do mosquito transmissor da doença.
Entre as ações da prefeitura para coibir o Aedes, a entrada forçada em imóveis abandonados é uma delas. A pasta entra em contato com proprietários de terrenos ou edificações abandonadas e com risco de possuírem criadouros.
Se não há um retorno para agendamento de visita, o dono é multado e a prefeitura, por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), é autorizada a entrar para retirar tudo que puder facilitar a criação do mosquito.
Número de casos em 10 anos
- 2007 – 5.662 casos
- 2008 – 54 casos
- 2009 – 19 casos
- 2010 – 633 casos
- 2011 – 688 casos
- 2012 – 3.060 casos
- 2013 – 2.791 casos
- 2014 – 932 casos
- 2015 – 3.707 casos
- 2016 – 2.347 casos
- 2017 – 63 casos
- 2018 – 13 casos
- 2019 – até 22 de novembro – 3.920 casos
FONTE: G1