Na manhã desta quinta-feira (21/03), a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Piracicaba e região, membros do Conespi e representantes da Câmara Municipal de Vereadores, estiveram reunidos para discutir as ações que serão realizadas, no ato público contra a reforma da Previdência Social, que ocorre (22/03), a partir das 9 horas. O manifesto terá concentração no Largo do Mercado Municipal, irá percorrer a rua Governador Pedro de Toledo e seguirá pela rua XV de Novembro, até a frente da agência da Previdência Social.

A manifestação contra a reforma da Previdência Social, tem como objetivo mobilizar os trabalhadores e a sociedade contra mais este ataque aos direitos dos trabalhadores.

Segundo Wagner da Silveira, Juca, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Piracicaba e região e também do Conespi, “Vamos sair às ruas, dizer não à reforma da Previdência, que pela proposta do governo fará com que o homem se aposente somente aos 65 anos de idade e as mulheres aos 62 anos, isso após 40 anos de contribuição”, destaca.

Para Juca, somente a mobilização dos trabalhadores poderá evitar a aprovação da proposta apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro. Ele adverte que esta proposta que foi levada ao Congresso Nacional pelo presidente Jair Bolsonaro é mais agressiva do que a apresentada pelo ex-presidente Michel Temer. “Na época, saímos às ruas, utilizamos a Câmara de Vereadores e ajudamos a engrossar o movimento que aconteceu em diversas partes do País, contribuindo para evitar que a reforma da Previdência fosse aprovada e, mais uma vez, vamos utilizar todos os instrumentos possíveis para tentar barrar mais esta investida do governo contra os trabalhadores”, ressalta.

A proposta de capitalização da Previdência, uma espécie de poupança que os trabalhadores serão obrigados a fazer, se a reforma for aprovada, também é criticada pelo líder sindical. “Por este modelo, o trabalhador terá de abrir uma conta individual para depositar um percentual do salário todos os meses para bancar seus benefícios no futuro. Adotado no Chile durante a ditadura militar, a capitalização da Previdência levou aposentados à miséria”, adverte, conclamando os trabalhadores a se unirem nesta luta que é de todos os brasileiros.

Campanha contra reforma da Previdência

Debates, palestras, audiências públicas e programas especiais para televisão serão atividades que o vereador Matheus Erler (PTB) e o Conespi (Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba) desenvolverão em parceria com o objetivo de levar à sociedade os efeitos da reforma da Previdência Social proposta pelo Governo Federal. Como parte das atividades do Fórum Permanente do Direito Previdenciário, do Idoso e do Trabalho, a campanha iniciada em 2016 tem contribuído para o esclarecimento da população.

A proposta é que, até a votação em Plenário na Câmara dos Deputados, seja realizado o maior número de atividade para evidenciar os problemas que os representantes dos trabalhadores apontam na proposta. “Mulheres, pessoas com deficiência, todos beneficiários do INSS perdem com o que propõe o governo. É uma reforma nefasta, que acaba com o Estado Social de Direito no país”, disse.

Com o apoio do presidente da Câmara de Vereadores, Gilmar Rotta (MDB), o vereador Erler disse que o Legislativo colocará à disposição da TV Legislativa para produção de debates com especialistas com intuito de tirar dúvidas e ampliar o debate sobre a reforma. “Faremos programas temáticos, vamos discutir, por exemplo, a extinção da aposentadoria por tempo de contribuição e tantos outros pontos que a população, quando ciente, fica estarrecida com tamanha atrocidade”, reforçou o vereador, que também é assessor previdenciário.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos e do Conespi, Wagner da Silveira, o Jucão, destacou a importância da atuação de Matheus Erler deste 2016, quando a primeira proposta de reforma, feita por Michel Temer (MDB-SP), foi encaminhada à Câmara dos Deputados. “Foi um apoio importante, com arrecadação de assinaturas e debates de alto nível que contribuíram para que as pessoas se informassem melhor”, disse, ao agradecer a Câmara pelo espaço oferecido à discussão do tema.

 

 

 

Fonte: Assessoria Câmara dos Vereadores/Conespi