Os contribuintes de Piracicaba (SP) pagaram R$ 303,1 milhões em tributos de 1º de janeiro a 12 de setembro deste ano, segundo registro atualizado do Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). A quantia já supera em quase 11% o valor pago pelos munícipes no mesmo período de 2017, quando a marca atingiu R$ 275,3 milhões.

O professor de economia da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep) e da Escola de Engenharia de Piracicaba (EEP), Francisco Constantino Crocomo, aponta a melhora da atividade econômica na cidade, principalmente no comércio, representada pelo consumo no varejo e atacado, como um dos fatores que influenciaram na alta na arrecadação.

Ele também ressalta a melhora gradativa nos níveis de emprego, que registrou saldos positivos nas contratações nos últimos cinco meses.

“Entre o final do ano passado e os oito primeiros meses deste ano, a cidade recebeu novos supermercados, por exemplo. O índice de emprego também se mostrou um pouco melhor que o de 2018. Também é preciso considerar a correção da inflação nesse período”, salienta.

Somente nos 12 dias de setembro de 2018, Piracicaba (SP) arrecadou R$ 139,6 milhões em impostos pagos pelos contribuintes locais. No Estado de São Paulo, foram R$ 602,5 bilhões pagos em tributos no período, o que representa 37,39% do montante arrecadado em todo país.

No último sábado (8), o Impostômetro atingiu a marca de R$ 1,6 trilhão, o que já superou o total de contribuições no mesmo período do ano passado, de janeiro a 8 de setembro. Em 2017, o valor foi atingido 23 dias depois, em 2 de outubro, na comparação com este ano.

Com esse dinheiro, o consumidor poderia comprar 3,7 trilhões de cestas básicas, segundo balanço feito pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

“Esse avanço da arrecadação revela que o problema das finanças públicas não está do lado da receita: está do lado dos gastos. Por isso, o consumidor, que será eleitor nos dias 7 e 28 de outubro, precisa acompanhar de perto a aplicação dos recursos e exigir que os governos utilizem o dinheiro para melhorar os serviços públicos”, afirmou Marcel Solimeo, economista da ACSP.

FONTE: G1 Piracicaba