A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Piracicaba e região participou do protesto contra a reforma da Previdência, realizado (20/02) na Praça da Sé, no centro de São Paulo.

O ato organizado pelas Centrais Sindicais (CUT, Força Sindical, Intersindical, CTB, Nova Central, CGTB, CSP-Conlutas e CSB), critica uma série de pontos apresentados na proposta da reforma da Previdência, dentre elas a capitalização do sistema, porque pressupõe uma capacidade de poupança que nem todos têm.

Para Wagner da Silveira, Juca, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Piracicaba e região, “uma reforma deve ter como objetivo garantir dignidade aos trabalhadores e não propor a retirada de direitos”, disse.

A entrega da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) foi feita pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL) e pelos ministros da Economia Paulo Guedes e da Casa Civil Onyx Lorezoni e técnicos da Previdência Social.

Reforma da Previdência

A proposta de reforma da Previdência do governo eleva as idades mínimas de aposentadoria de 65 anos para homens e 62 para mulheres e estabelece o mínimo de 20 anos de contribuição. Também acaba com as aposentadorias por tempo de contribuição, após um período de transição. E para ter direito ao benefício integral será preciso contribuir por 40 anos.

A Proposta de Emenda à Constituição também prevê a implantação de regime de capitalização individual, no qual cada trabalhador terá de administrar sua poupança para a aposentadoria. As regras desse novo sistema dependerão da aprovação de lei complementar.

Atualmente pode-se aposentar ao alcançar 60 anos, no caso das mulheres, e 65 anos, para homens, com 15 anos de contribuição. E para a aposentadoria por tempo de contribuição, não é requerida idade mínima: as mulheres precisam ter contribuído por 30 anos e os homens por 35 anos.