Todos nós temos sido alvo de uma tempestade de informações sobre a necessidade absoluta de uma Reforma da Previdência Social em nosso país. Todos os setores econômicos e sociais concordam que, do jeito que está,  muito em breve o Brasil não terá mais como sequer pagar as aposentadorias, que dirá manter o restante da Seguridade
Social.

A questão que mais importa sobre este tema no momento é a seguinte: Reforma da Previdência para quem? Há décadas sabemos que os trabalhadores da iniciativa privada são os únicos a serem sacrificados pelo nosso modelo previdenciário. São os que mais contribuem quando na ativa e os que menos recebem na hora de se aposentarem.

O que se coloca agora é a urgência de uma reforma profunda e de longo prazo para salvar a economia do país. Mas, definitivamente, não podemos aceitar que tal mudança atinja apenas os que ganham menos. Como falar em Reforma sem incluir na mesma militares, deputados federais e estaduais, senadores, funcionários públicos de alto escalão dos Poderes Executivos ,Legislativos e , claro, o Judiciário? É possível pensarmos em uma Reforma da Previdência que não inclua a todos, para o bem ou para o mal?

Portanto, neste momento e nos próximos meses, devemos estar completamente atentos para este assunto que, sem dúvida, é prioridade absoluta para o atual governo e que, em breve, estará na pauta do Congresso Nacional. Devemos estar unidos para que, mais uma vez, não sejam prejudicados apenas aqueles que constroem de fato a riqueza desse país.

Eliseu Silva Costa

Presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São
Paulo